by ren; terça-feira, 10 de abril de 2018; 3 Comentários
Olá novamente, pessoas~
Repararam o layout novo? Eu fiquei meio enjoada do outro (principalmente por causa do background que usei) e resolvi trocar. Como eu estava louca para trocar, não me dei nem o trabalho de escrever o post. Só troquei mesmo. Mas não que isso faça lá grande diferença.
Bom, eu queria contar algumas coisas... PORÉM, eu disse para eu mesma que ia fazer um post com esse tema a algum tempo e não pretendia mais adiar. Sim, hoje eu vou falar sobre o temível vestibular. Ou melhor dizendo, sobre as minhas experiências com ele que, creio eu, não são poucas. O tema se originou de uma pergunta que a Yumi fez para mim (já a algum tempo) e eu enrolei para responder... até hoje! Ufa, finalmente cumprindo minhas promessas -q. Então, vamos começar.
Antes, situando todos vocês:
Fiz vestibular duas vezes. A primeira para Engenharia de Computação, que eu larguei depois de anos. Depois, fiz de novo para Pedagogia, que é o meu curso no momento.
Como eu escolho meu curso?
Devo dizer, meus caros amigos, que essa é uma pergunta um tanto quanto difícil e sem uma resposta concreta. Então, só vou divagar sobre o que aconteceu comigo e esperar que minha experiência de alguma forma ajude vocês.
Já nos meus 16 anos, no 1º ano do ensino médio, o "que curso você vai fazer?" já acabava comigo. E aqui eu ouvi diversos conselhos de como escolher minha futura profissão. Minha avó, por exemplo, dizia para eu almejar profissões que dessem dinheiro, ou que simplesmente dava para você falar o que faz quase se gabando. Do tipo: "eu faço engenharia de produção industrial", ou qualquer coisa assim. É um caminho? É. Não vou dizer para vocês que dinheiro não é importante, porque é. Quando nós estamos na adolescência, não costumamos ter a ideia de quanto dinheiro pode ser importante para sua vida ou mesmo quanto aqueles que te sustentam tiveram que trabalhar. E você só vai perceber esse tipo de coisa no dia que você for trabalhar e for no supermercado, comprar sua própria comida, e se assustar com o preço de um pote de manteiga, por exemplo. Mas Ren, eu tenho que escolher uma profissão que dá dinheiro então? NÃO. Mas é um ponto para você considerar. Mesmo que você não opite por algo que "dê dinheiro", você tem que ter a mínima noção do tipo de escolha que você esta fazendo. Eu estou aqui, fazendo um curso para uma profissão que reconhecidamente ganha mal e nem por isso eu me arrependo da minha escolha.
Mas, continuando... outro conselho bastante comum é "escolha algo que tenha a ver com o que você gosta de estudar". Essa pode ser uma forma de decidir que, de certa forma, não é "leviana". Mas, sendo sincera com vocês: é algo que eu não acredito. E por quê? Porque existe um vão enorme entre teoria e prática. Pode ser que você ame estudar um certo assunto, mas quando for exercer a profissão o seu trabalho NÃO vai ser estudar sobre o assunto. Assim, eu, Ren, amo estudar teoria da computação. Eu acho muito dahora matemática discreta e os paranauês que seguem nessa área. Mas, eu, Ren, quando fui fazer meu primeiro estágio em computação percebi que não seria capaz de passar 8 horas por dia na frente de um computador procurando por uma vírgula errada no meu código. Por outro lado, eu, Ren, nunca gostei da área de humanas, não sou muito politizada e só curto mesmo é ler livros de ficção. Mas, no meu primeiro dia de estágio em pedagogia, eu fui extremamente feliz e percebi que, afinal, eu tinha feito uma escolha legal para minha vida.
Porém, eu quero deixar claro que: é sempre possível seguir carreira acadêmica. Isso é, se você estiver em uma vibe de "ganhar dinheiro para estudar/pesquisar sobre x". Mas lembre-se que a carreira acadêmica nem sempre é fácil. Eu pensei em seguir carreira acadêmica em computação, por exemplo; mas eu sabia que não tinha nota suficiente para isso.
Uma outra opção - bem válida, penso eu - é você procurar ajuda. E eu não estou falando de você perguntar para o seu primo o que você deveria fazer, mas sim procurar orientação profissional (ou vocacional, eu não sei a diferença entre esses termos). No ensino médio, eu fiz um ano de orientação com uma psicóloga da escola. Ela era maravilhosa e eu respeito profundamente psicólogos pela boa impressão que ela me passou. No final, eu me decidi que meu curso seria ou moda ou design gráfico. Acabei não fazendo nenhum dos dois porque a pressão familiar era gigante.
Aliás, esse é outro ponto que eu devo tocar: não procure satisfazer as expectativas dos outros. Lembre-se que a vida é sua. Você é que vai ter que lidar com a sua escolha dali para frente. Não tente realizar os sonhos dos outros e, sim, os seus.
Palavras de quem escolheu fazer engenharia porque era o que se esperava dela.
Resumidamente, eu diria para vocês pensarem em "que tipo de trabalho eu quero ter?". Sem se ligar muito nas suas matérias preferidas da escola ou coisas assim. Um outro passo é você pensar na sua possível situação financeira no futuro, você seria feliz ganhando o salário médio da profissão que você pensou?
Eu sei que existem profissões meio difíceis de você ter ideia do que faz. Tipo, o que faz uma pessoa que se forma em gerontologia? Para esses casos, usem e abusem da internet. Entrem nesses grupos de universidade e procurem pessoas que fazem tal curso e conversem com elas. Eu garanto que vocês vão ter mais noção das coisas do que usar o Guia do Estudante (que eu li horrores) para tirar suas dúvidas.
Faz diferença o lugar que eu fizer o curso?
Eu queria dizer que não, mas eu vou dizer que sim.
O primeiro ponto é o currículo. Por mais que o tenha n cursos com o mesmo nome, não necessariamente eles são a mesma coisa. Existe a ênfase do curso. Por exemplo, se você fizer Engenharia de Computação na Unicamp, você escolhe, no final do segundo ano, a ênfase que você quer fazer. Agora, se você for fazer esse mesmo curso em outro lugar, muito provavelmente não vão deixar você escolher seu currículo assim. Você faz o que te dão e é isso aí. E, isso também vale para outros cursos. Em pedagogia, por exemplo, na Unicamp você tem algo mais "geral", que tenta falar de tudo um pouco; mas em outras universidades a ênfase de pedagogia pode estar em gestão, por exemplo. Enfim, acho que você sacaram, não? Por mais que o nome do curso seja o mesmo, em duas instituições diferentes, vai ter alguma diferença de currículo. Aliás, esse foi o critério do meu namorado para escolher que universidade ele ia fazer, ele prefirou Unicamp porque era mais voltado para pesquisa e não para empreendorismo.
Mas, enfim, é complicado pensar em ênfase do curso quando você nem tem direito ideia de que curso escolher, não? Mas, se tiverem algo mais concreto em mente, acho que vale muito a pena dar uma pequena fuçada nas ementas das disciplinas do curso.
Outro ponto é: quão longe de casa você pretende ir? Veja bem, eu conheço gente que chora de saudade da família enquanto conversa no skype e tem gente que dá 0 fucks para tudo isso. Aqui cabe você pensar em que tipo de pessoa você, se você quer sair de casa ou não. Embora eu seja totalmente pró fazer graduação bem longe de casa, eu entendo que tem gente que prefere ficar perto da família. E isso é algo a se pensar sim. Ficar longe de casa traz muitas responsabilidades que você sequer se imaginaria tendo. Do tipo, "preciso ir no supermercado comprar papel higiênico". Ou "o débito automático não funcionou e essa empresa ainda está colocando a culpa em mim, wtf?". E, bem, eu acho que isso faz parte de crescer.
Ainda, pense também nos dinheiros. (Vocês devem achar que eu sou muito maníaca com dinheiro, né? Pois é, eu sou sim). Viver exige dinheiros. Ou seja, alguém vai ter que pagar o aluguel (se você resolver sair de casa), sua comida, seu transporte ou mesmo suas mensalidades. E aí entra a questão: quem vai arcar com tudo isso? Se você for uma pessoa sortuda (e eu espero que você seja), provavelmente sua família pode te dar o apoio financeiro que você precisa. MAS E SE VOCÊ NÃO FOR? Bom, meus caros, então você tem que pensar numa solução, porque as contas não são magicamente pagas. Meu tio, por exemplo, arranjou um trabalho de dia e fez uma faculdade particular a noite, escolheu estudar perto para não gastar com aluguel. Eu, por outro lado, queria fazer universidade pública e apelei para as bolsas oferecidas. A Unicamp, por exemplo, oferece bolsas para estudantes de baixa renda, a fim de ajudar na permanência na universidade. Falando um pouco mais, existe a moradia estudantil, em que os estudantes selecionados podem morar de graça; a bolsa auxílio, que você trabalha em alguma coisa dentro da universidade e ganha dinheiros; a bolsa transporte e outras. Se vocês quiserem saber mais, entrem aqui. E, claro, não é só a Unicamp que oferece esse tipo de coisa, provavelmente universidades públicas tem esse tipo de apoio. Daí é de você procurar sobre dependendo da instituição que você quer ir. O que eu quero dizer com tudo isso é: não desista do ensino superior por causa dinheiros. Existem formas de contornar as coisas.
Por fim, eu quero dizer: encante-se com a universidade. Tem muita gente que vai na onda do "vou para qualquer lugar que eu passar". Mas eu acho que vale a pena você ter um objetivo e trabalhar nele. Quando eu estava no 1º ano do ensino médio, sem ter ideia de nada, uma garota (estudante da unicamp que tinha estudado na mesma escola que eu no ensino médio), veio na escola fazer uma palestra sobre o curso dela e sobre a Unicamp. Bom, eu joguei o foda-se para o curso (porque eu não achei graça nenhuma em engenharia de alimentos), mas eu me apaixonei pela Unicamp ouvindo a fala dela. De verdade. Eu pensei "eu não sei o que eu vou estudar, mas eu quero estudar nesse lugar". E eu setei isso como meu objetivo. E, olha, deu certo. Estou aqui na Unicamp hoje. Então, procurem saber sobre as universidades que vocês pretendem ir. Que mais além do curso dá para fazer nelas? Que tipo de oportunidade você pode ter lá? Eu, por exemplo, queria a Unicamp porque eu achava dahora a possibilidade de fazer n cursos de língua de graça, atividades físicas e coisas aleatórias. Incrivelmente, essas são as coisas que eu mais gosto de fazer na universidade hoje lol.
Ok, mas como eu faço para passar no vestibular agora?
Eu sei que isso não é lá um bom conselho... mas, estude. Eu sei que isso é óbvio, mas eu tenho a impressão que tem gente que não se liga que você tem que fazer isso. No meu ensino médio, estudei horrores. Mas eu não via, nem de longe, o mesmo empenho vindo dos meus colegas. E é engraçado porque todo mundo acredita que esta estudando de verdade. Então, coloca a mão na consciência: eu estou estudando MESMO?
Bom, o como estudar é outra questão. Cada um funciona de um jeito. Tenho um amigo que gosta muito de aprender coisas vendo vídeos, mas eu não suporto ficar assistindo essas coisas, prefiro mil vezes um livro. Então, procure as formas de estudar que mais combinam com você. Eu costumava estudar individualmente, fazendo mil exercícios. Mas, o que mais me ajudava depois, era estudar junto com colegas, porque era um momento que eu revisava a matéria e comprovava que eu tinha entendido mesmo. Estudar em grupo foi uma das melhores coisas do meu ensino médio. É claro que talvez isso não se aplique para todos, as vezes o grupo que você está não colabora também. Mas a questão: procure formas de estudar que se adequem a você, mesmo que isso fuja do padrão.
E, é isso, meus caros. Eu poderia até falar mais, mas acho que já deu por hoje. Eu espero que isso ajude alguém de alguma forma.
Perdão, mas hoje eu não vou nem tentar revisar o português do meu texto. Vai assim mesmo.
Até mais, pessoas~